segunda-feira, 17 de dezembro de 2012



CONCESSIONÁRIA CHRYSLER JANDA.
 
Em seu esforço para reerguer seu carro médio no mercado,a Chrysler recorreu até mesmo à mudança da denominação 1800.
Em 1976 era adotado o nome Polara, que em mercados estrangeiros ( Argentina inclusive ) identificava um grande Dodge ( do porte de nosso Dart ). A publicidade o apresentava como "o carro que respeitou a opinião pública", assinalando possíveis sugestões de compradores por menor consumo,motor mais "envenenado", interior mais luxuoso e traseira mais baixa.
A potência passava para 93 cv brutos, e o torque máximo, para 15,5 m.kgf.
A aparência, contudo, era a mesma do 1800. Isso só mudaria em 1978, com a chegada dos faróis retangulares,luzes de direção nos extremos dos pára-lamas (como no modelo escocês de 1976) e outras lanternas traseiras.
A grade ostentava o emblema de um leão estilizado, argumento utilizado pela publicidade da marca como um Dodge mais agressivo.
O Polara GL oferecia opção de bancos reclináveis com ajuste contínuo do encosto, há muito reivindicado pelos compradores. Também opcionais eram os pneus radiais, e o carburador era recalibrado para pequena redução de consumo.
 
Um ano depois o Polara era o primeiro do segmento a oferecer câmbio automático, até então restrito a carros grandes como Opala,Galaxie/Landau e os próprios Dodges de motor V8. E não deixava por menos: oferecia quatro marchas,uma inovação que só teria seguidor uma década depois,no Diplomata SE da GM.
Só que ao contrário da tendência atual de adotar uma quarta longa,como sobremarcha, a Chrysler almejava apenas reduzir o intervalo entre as relações: a última era a mesma do câmbio manual, diferencial inclusive
No mesmo ano a Volkswagen adquiria o controle acionário da Chrysler do Brasil, levando a dúvidas sobre a continuidade de sua linha. Para tranquilizar os compradores e evitar o encalhe dos carros, e dos caminhões Dodge, a marca alemã publicava anúncios, com a questão "O que vai acontecer com esses carros e caminhões?" ou a afirmação " A Volkswagen apostou nestes carros e caminhões ". Procurava convencer de que a marca Dodge estava mais forte do que nunca.
 
Com efeito,o "Dodginho" ainda ganharia um reforço: a versão GLS, em 1980, com bancos dianteiros com encosto de cabeça integrado (também disponível no GL) e painel de instrumentos completo (seis mostradores, incluindo manômetro de óleo e voltímetro), da marca Veglia.
Os pára-choques ganhavam ponteiras de plástico e o pára-brisa agora era laminado como opcional.
Em 1981, pouco antes da extinção da marca, o Polara saía de produção, com um modesto total de 92.665 unidades produzidas.