quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013



ÔNIBUS CIFERAL GLS BUS - AV.REBOUÇAS 05 MAIO 1994
  
A Ciferal encarroçadora de ônibus brasileira,foi fundada em 1955, e instalou-se primeiramente em Ramos, na cidade do Rio de Janeiro e, em 1992, transferiu-se para Xerém, no município de Duque de Caxias. Em 2001 foi adquirida pela empresa Marcopolo.
Quem fundou a Ciferal foi Fritz Weisseman, um austríaco que chegou ao Brasil ainda jovem, em 1927, quando sua família mudou-se para o Brasil. A empresa fabricou o primeiro ônibus urbano em 1957 e o primeiro ônibus brasileiro com ar condicionado individual para os passageiros.
Em 1961, segundo o site Railbuss.com, a encarroçadora conquistou seu primeiro grande cliente, a Viação Cometa, que não podia mais importar ônibus dos Estados Unidos, devido à política de restrição de importações que começou naquela época.  

A empresa tem destaque no mercado por ter sido uma das primeiras do país a usar duralumínio (uma liga metálica com base no alumínio) na carroceria.
No início dos anos 70, a empresa juntou-se às encarroçadoras Cribia e Metropolitana - esta, fundada em 1948 pelo próprio Fritz Weisseman. A Metropolitana, porém, foi vendida à Caio anos depois.
A Ciferal chegou a ser estatal, nos anos 80, quando foi protagonista de uma crise financeira. A crise teve auge com o cancelamento de um pedido de 2 mil trólebus (ônibus elétrico) encomendado pela CMTC, empresa municipal de ônibus de São Paulo.
Antes, a empresa deixou de produzir as encomendas da Viação Cometa - conhecidos como Dinossauro,levando-a a criar uma encarroçadora própria, a CMA, e levando profissionais da CMA para fabricar os ônibus customizados da empresa.
Com a crise, o governador Leonel Brizola decidiu pela compra da Ciferal. A fábrica desenvolveu jardineiras,ônibus especiais para passeios turísticos em praias e ônibus novos para a CTC-RJ, estatal de ônibus.  

Ayrton Senna da Silva (São Paulo, 21 de março de 1960 — Bolonha, 1 de maio de 1994) foi o piloto de Fórmula 1, três vezes campeão mundial, nos anos de 1988, 1990 e 1991.
Foi também vice campeão no controverso campeonato de 1989 e em 1993.
Morreu em acidente no Autódromo Enzo e Dino Ferrari, em Ímola, durante o Grande Prêmio de San Marino de 1994.
É considerado um dos maiores nomes do esporte brasileiro e um dos maiores pilotos da história do automobilismo.

A frase que está escrita no vidro traseiro: "Ayrton,acena pro Brasil. Valeu! Senna", era uma das inúmeras referências ao Piloto Ayrton Senna,na chegada do corpo em São Paulo.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013



AEROPORTO DE CONGONHAS 1959 REAL AEROVIAS BRASIL ( SUPER CONSTELLATION - DOUGLAS DC 3 )  SHELL SERVIÇOS DE AVIAÇÃO.

A Real Aerovias - Redes Estaduais Aéreas Ltda, foi fundada em 1945 por Vicente Mammana Neto. O primeiro vôo ocorreu dia 7 de fevereiro de 1946, operando entre São Paulo (Aeroporto de Congonhas) e Rio de Janeiro (Aeroporto Santos Dumont).
Da segunda metade da década de 40 até 1955, a empresa experimentou sua primeira grande expansão, pela aquisição de empresas menores.
Em 1948 adquiriu a Linhas Aéreas Wright e em 1950 a LAN ( Linhas Aéreas NATAL ).Com essas compras,a frota da REAL chegou a 20 Douglas DC-3/C-47.
Com a compra da LATB ( Linha Aérea Transcontinental Brasileira ), em agosto de 1951, a REAL expandiu consideravelmente sua malha na região nordeste do país. 

Entre 1954 e 1956 foram adquiridas também a Aerovias Brasil e a Transporte Aéreo Nacional. Finalmente, em 1957 aquiriu do empresário catarinense Omar Fontana, 50% do capital da Sadia, que em contrapartida passou a ocupar um cargo na Real.
A Real chegou a ter a maior frota de Douglas DC-3 do mundo,com 86 unidades, no ano de 1959.
Com todas estas incorporações, a frota chegou a 117 aeronaves, que colocaram a empresa em 7° lugar no ranking da IATA, a mais alta posição já ocupada por uma empresa aérea brasileira até então.
As primeiras rotas internacionais foram abertas em 1951, com vôos para o Paraguai. Mas foi a compra dos 87% da Aerovias que levou a REAL a alçar vôos para os EUA.
Em 1960 a Real expandiu suas rotas, chegando a Tokyo. Porém nesse mesmo ano, com problemas financeiros, foi comprada pela Varig.  

Lockheed Constellation Connie ou apenas Constellation (como é conhecido no Brasil), é um quadrimotor a pistão,construído pela americana Lockheed entre 1943 e 1958, em Burbank.
Foram construídos ao todo 856 aparelhos em 4 modelos, todos com o mesmo design característico cuja forma de golfinho possui tripla empenagem ( leme ). Foi um avião muito usado no transporte de passageiros e como avião de transporte militar.
Foi o avião presidencial de Dwight D. Eisenhower, presidente dos Estados Unidos.
Depois da II Guerra Mundial, o Constellation tornou-se rapidamente muito popular nas linhas aéreas.
O modelo em produção para USAAF para transporte de tropas acabou como aviões de transporte de passageiros, com a TWA recebendo o primeiro em 1 de outubro de 1945.
O primeiro vôo transatlântico partiu de Washington DC em 3 de dezembro de 1945, e chegou em Paris em 4 de dezembro. 

A Trans World Airlines iniciou os serviços aéreos comerciais intercontinentais no pós-guerra, em 6 de fevereiro de 1946, com o voo regular entre Nova Iorque e Paris num Constellation.
Em 17 de junho de 1947 a Pan American World Airways iniciou suas operações regulares ao redor do mundo com o seu L749 Clipper America. O famoso vôo Pan Am 101 operou por 40 anos.
Como o primeiro avião de cabine pressurizada em uso, o Constellation ajudou as viagens aéreas a tornarem-se acessíveis e muito mais confortáveis. 

O Douglas DC-3 avião bimotor para uso civil que revolucionou o transporte de passageiros nas décadas de 1930 e 1940.
O Douglas C-47 Skytrain e a versão militar do Douglas DC-3, foi largamente utilizado durante a Segunda Guerra Mundial, tornando-se um dos principais fatores da vitória aliada.
Mais de 10.000 unidades foram fabricadas em suas várias versões, tanto para transporte de tropas ou para-quedistas como para o transporte de cargas.
Foram produzidas numerosas variantes do C-47 utilizando diferentes motores, equipamentos ou disposição das cabinas.  

A Shell atua no Brasil desde 1913.
Em 1927, abasteceu o primeiro voo comercial do país, que decolava de Porto Alegre para Rio Grande ( hidroavião Dornier Do J Wal, apelidado de Atlântico, com capacidade para nove passageiros e considerado um dos mais modernos de sua época, decolou com três passageiros e 162 kg de correspondência ).
Nos anos 60, a Shell já operava em 34 pontos de abastecimento de aeronaves.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013




GUINCHO DST 1966. CHEVROLET BRASIL 

No Estado de São Paulo, a preocupação em disciplinar o trânsito começou pela criação da Diretoria do Serviço de Trânsito (DST), em 1903, cuja sede localizava-se na rua do Carmo.
A Diretoria passou a ser vinculada à Secretaria de Estado dos Negócios da Justiça e da Segurança Pública, em 1906, quando foi extinta a Chefatura de Polícia. Em 1936, a Diretoria do Serviço de Trânsito já havia sido transferida para um casarão da rua Victoria.
Em 1959, a Diretoria foi transferida para o prédio na avenida Pedro Álvares Cabral, no Ibirapuera, imóvel que pertencia à Secretaria de Agricultura.
Em 1967, a Diretoria do Serviço de Trânsito (DST) passou a ser Departamento Estadual de Trânsito (DET/SP), por força do decreto nº 47.740 de 08 de fevereiro de 1967. Mais tarde, o prédio passou a pertencer, definitivamente, à Secretaria da Segurança Pública, pelo decreto nº 49.541 de 29 de abril de 1968.
No ano seguinte, passou a funcionar, no mesmo local, o Conselho Estadual de Trânsito. 

General Motors do Brasil é a maior subsidiária da corporação na América do Sul e a segunda maior operação fora dos Estados Unidos.
A General Motors atua no Brasil desde 1925. Naquele ano, a empresa começou a funcionar em galpões alugados no histórico bairro do Ipiranga, em São Paulo. No começo, as atividades consistiam na montagem de veículos importados dos Estados Unidos.
Após cinco anos, a General Motors do Brasil inaugurava oficialmente, em 1930, sua primeira fábrica, em São Caetano do Sul.
Em 1958 começou a operar a segunda fábrica, em São José dos Campos, inaugurada oficialmente um ano depois pelo então presidente da República Juscelino Kubitschek. Ainda em 1958, saíram da linha de montagem da fábrica de São Caetano do Sul, os primeiros veículos genuinamente nacionais da marca: os caminhões Chevrolet Brasil e a picape modelo 3100, para cargas leves, inaugurando a fabricação de veículos leves da GM no Brasil.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013




FNM D11000 - RFFSA / FEPASA 

Em 1998, a RFFSA (Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima ), já em fase de liquidação,incorporou a Ferrovia Paulista S.A. - FEPASA, ao que se seguiu, em dezembro desse ano, a privatização daquela malha. 
A privatização foi uma das alternativas para retomar os investimentos no setor ferroviário. O governo de Fernando Henrique Cardoso concedeu linhas públicas para que a iniciativa privada pudesse explorar o transporte de cargas. No entanto, as concessionárias não se interessaram pelo transporte de passageiros, que foi quase totalmente extinto no Brasil. 

A Fábrica Nacional de Motores foi fundada no período da história brasileira chamado de Estado Novo.
A criação da fábrica, junto com outras iniciativas (como a criação da Companhia Siderúrgica Nacional, Companhia Nacional de Álcalis, Companhia Hidrelétrica do São Francisco e outras), visou transformar o Brasil em uma economia industrializada.
A FNM foi erguida como uma empresa estatal, na região da Baixada Fluminense, mais precisamente na cidade de Duque de Caxias. Os primeiros motores de avião fabricados pela FNM tinham tecnologia licenciada da empresa estadunidense Curtiss-Wright. 

Ao final da Segunda Guerra Mundial a fábrica foi obrigada a diversificar a sua produção e licenciou a tecnologia da empresa italiana Isotta Fraschini Spa para fabricação de caminhões da mesma marca. Em 1949, após a falência da empresa italiana, a FNM fez um novo contrato com a empresa Alfa Romeo para o desenvolvimento de um novo caminhão com motor e cabine criados no Brasil. 

Os caminhões fabricados pela empresa, chamados de Fenemê, alcançaram relativo sucesso na época. Foram fabricados aproximadamente 15.000 veículos pela empresa.
Em 1968 a empresa foi vendida para a Alfa Romeo que posteriormente foi incorporada pela FIAT. Em 1985 a FIAT encerrou as operações da Fábrica Nacional de Motores.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013



FORD GALAXIE PSICODÉLICO. 1968

O `´Super Fashion´´, era o show itinerante composto com 28 integrantes, e fez várias apresentações nas principais cidades do Brasil, entre 1967 e 68.
O espetáculo,era o mesmo que foi grande sucesso na `` X Fenit´´, de São Paulo.
Com o principal Patrocínio da Ford,a caravana utilizava 8 modelos do  Ford Galaxie, sendo alguns pintados com cores psicodélicas. Esta mesma versão foi utilizada também para campanha publicitária.

O primeiro automóvel lançado pela Ford do Brasil foi o Ford Galaxie 500, em abril de 1967, igual ao modelo norte americano de 1966 exceto pela motorização, e era na época o mais moderno automóvel fabricado no Brasil.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

domingo, 10 de fevereiro de 2013

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013



VIAÇÃO COMETA - CARGA EXPRESSA. TEMPO MATADOR

Tempo (Vidal & Sohn Tempo-Werke GmbH), fabricante alemão de automóveis,com sede em Hamburgo,foi fundada por Oscar Vidal em 1924.
A empresa era bem conhecida na Alemanha,por produzir ``furgão vans´´ como o Matador e o Hanseat, e pelos pequenos veículos militares durante os anos 1930 e 1940. 

No pós guerra, por necessidade do governo Alemão e dos aliados para patrulhar a fronteira,levou à produção do modelo Tempo 80 e 86. Foram construídos com chassi de rolamento da Land Rover,mas as tentativas de continuar a produção com os modelos 88 e 109 não foram bem sucedidas.
Em 1958, Bajaj Ltd, um fabricante Indiano de carros (agora conhecido como Force Motors Ltd ), iniciou a produção do carro Hanseat três rodas,com a colaboração da Tempo-Werke Later.
Mais tarde,introduziu o Tempo Matador,que juntamente com o Hanseat Bajaj,foram extremamente populares na Índia. O Matador de quatro rodas permaneceu em produção de 1949 até 1967.  

Em 1971, Hanomag-Henschel e a Tempo,foram compradas pela Daimler-Benz AG.
De 1966 a 1977,todos os veículos produzidos pela Tempo foram vendidos sob diferentes nomes; Hanomag, Rheinstahl-Hanomag, Hanomag-Henschel, ou Mercedes Benz.
O modelo Tempo,permaneceu em produção com pequenos caminhões,até o final de 1977.
 

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013



EDIFÍCIO MATARAZZO. 1950

No ano de 1881,desembarcava no Brasil vindo da Itália, Francesco Matarazzo. Sozinho e com pouco dinheiro no bolso, Francesco decide procurar seu amigo Fernando Gradino que vivia em Sorocaba, interior de São Paulo, para lhe dar uma ajuda.
Modestamente começou a revender linguiça nas ruas da cidade, que também abrigou o menino Antônio Pereira Ignácio que foi um dos fundadores do Grupo Votorantim.
Francesco trabalhou muito e com poucos meses abriu uma mercearia que vendia de tudo, e se a clientela pedia alguma coisa ele anotava e tratava de arrumar um jeito de ter a mercadoria.
Homem visionário e inquieto e vendo o sucesso que fazia a venda da banha de porco, decidiu fabricar o produto através de um método muito simples; um caldeirão no fundo do quintal para derreter a banha, e dizia aos seus amigos que “O segredo está na compra e não na venda”.
Barateou a produção quando decidiu comprar quase todos os porcos da região, mais tarde passou também a enlatar o produto o que permitiu que as vendas crescessem mais ainda.

Em 1890 decidi expandir mais ainda seus negócios e partiu para a Capital de São Paulo.
Francesco já tinha trazido da Itália seus irmãos e sua esposa.
Quando a farinha de trigo faltou no Brasil, ele conseguiu um empréstimo para construir um moinho de trigo em São Paulo, o Moinho Matarazzo.
O logotipo das - Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo, foi criado em 1911, e trazia o lema “Fé-Honra-Trabalho” escrito em latim.
Em 1920 inaugurava o complexo industrial da Agua Branca em São Paulo, onde instalou em uma área de 100 mil metros quadrados, empresas como serraria, refinaria, destilaria, frigorífico, fábrica de carroças, de sabões, perfumes, adubos e inseticidas, velas, pregos, vilas operárias, armazéns, banco, distribuidora pioneira de filmes, fábrica de licores, empresas que funcionavam com a energia de uma usina própria...
O empresário tinha ainda uma esquadra particular de navios, um terminal exclusivo no porto de Santos e duas locomotivas para transportar mercadorias no pátio da sede do complexo industrial, em São Paulo.
Pouco antes de morrer, em 1934, ele resumiu os segredos de seu sucesso: “ Alguma inteligência, certa capacidade gerencial, muito trabalho e sorte ”.
O Conde Matarazzo, conforme a revista Forbes, chegou a ser a quinta maior fortuna do mundo e o italiano mais rico fora da Itália. 

Matarazzo mesmo aos 82 anos e enxergando mal e apoiando-se em uma bengala, ainda visitava as fábricas,e após uma dessas visitas sentiu-se mal e depois de ficar dois dias de cama, faleceu em 10 de Fevereiro de 1937.
Após o falecimento de Francesco Matarazzo assumiu o Grupo Matarazzo o seu filho Francisco Matarazzo Junior ou Conde Chiquinho como era conhecido, ele era o penúltimo dos seus treze filhos.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013



BIRD CLEMENTE, LUIZINHO PEREIRA e MECÂNICOS EQUIPE WILLYS 1967

Bird Clemente (São Paulo, 23 de dezembro de 1937) é ex-automobilista brasileiro. Disputou categorias nacionais entre as décadas de 1950 e 1970.
Bird começou a pilotar aos 21 anos, em 1958. Cinco anos depois conseguiu o primeiro contrato para dirigir para a equipe oficial Willys, tornando-se o primeiro piloto profissional do Brasil.
Entre suas conquistas estão vitórias, ao lado do irmão Nilson Clemente, nos 500 Km de Interlagos e nas Mil Milhas Brasileiras ambas em 1973.
Em 2008 lançou o livro "Entre Ases e Reis de Interlagos" com histórias e imagens do automobilismo brasileiro. 

Luiz Pereira Bueno (São Paulo, 16 de janeiro de 1937 - Atibaia, 8 de fevereiro de 2011) foi piloto brasileiro, também da formula 1.
Luiz começou sua carreira em 1958 e brilhou em provas de turismo no Brasil, com conquistas como as Mil Milhas de 1967.
Teve seu ápice nos anos 1970, quando fundou e integrou a equipe Hollywood, que fez sucesso no país.
Em 1972, pilotou um carro de F-1 pela primeira vez, ainda que alugado, pela equipe March no Brasil, em prova que não valeu para o campeonato. Na temporada seguinte, voltou a correr em casa, desta vez pela Surtees.
Luiz Pereira Bueno morreu na manhã do dia 8 de Fevereiro de 2011, em Atibaia,“Luizinho” ou “Peroba”, como era chamado, tinha 74 anos. 

A Willys Overland do Brasil foi a subsidiária da Willys no Brasil, fundada em 26 de agosto de 1952, em São Bernardo do Campo, São Paulo.
Em 1954 suas linhas de montagem começaram a pôr nas ruas o Jeep Willys, ainda montados com as peças americanas e comercializados com o nome de jipe Universal.
Apesar de a filial ter recebido as ferramentas para montagem do modelo Aero quando a matriz norte-americana encerrou a produção de veículos de passeio, o primeiro carro urbano da Willys brasileira foi o pequeno Dauphine, em 1959, produzido sob licença da Renault. O econômico veículo foi um dos maiores rivais do Volkswagen Fusca no mercado brasileiro dos anos 60, em suas várias versões que surgiram nos anos seguintes, e também foi a base de uma série de vitórias da Equipe Willys de competições no automobilismo brasileiro, com pilotos como Christian Heinz, Emerson Fittipaldi , Luiz p. Bueno e Bird...

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013



EM ALGUMA ENCHENTE DO PASSADO... ROMI ISETTA

Em 9 de abril de 1953 a empresa italiana Iso Automotoveicoli, fabricante de motocicletas e triciclos comerciais, apresentou no salão de Turim um projeto iniciado em 1952 denominado Isetta, que consistia em um automóvel de baixo custo, voltado para a realidade da economia do pós-guerra italiano. Projetado pelo engenheiro aeronáutico Ermenegildo Preti e seu colaborador Pierluigi Raggi.Possuía características peculiares, como porta frontal para facilitar o acesso ao interior do veículo, pequenas dimensões, boa dirigibilidade e performance suficiente para a época. 

No brasil ,fabricar automóveis era uma prioridade do presidente Juscelino Kubitschek.
Prometendo realizar " 50 anos em 5 ", JK assinou em 16 de maio de 1956 o decreto nº 39.412, que criava o Grupo Executivo da Indústria Automobilística (GEIA), comandado pelo ministro de Viação e Obras Públicas, o almirante Lúcio Meira; um lutador pelos veículos nacionais. Coube ao GEIA estabelecer as regras para implementação da indústria automobilística brasileira. 

Em 1955, a Iso concedeu os direitos de produção do Isetta para a empresa brasileira Indústrias Romi S.A., fabricante de máquinas industriais e agrícolas fundada em 1930 pelo comendador Américo Emílio Romi e seu enteado Carlos Chiti, com sede em Santa Bárbara d'Oeste (SP ).
Ainda em 1955, foi publicada a notícia no jornal Diário de São Paulo em 28 de agosto de 1955, informando que as indústrias Romi produziriam o Romi-Isetta no país. Lançado em 5 de setembro de 1956, o Romi-Isetta se consistiu no primeiro automóvel de passeio de fato fabricado em território brasileiro. 

O Isetta era bastante ágil nas manobras urbanas e completava um giro em um diâmetro de apenas oito metros.
A porta única era praticamente toda a frente do veículo, englobando o pára-brisa, seu limpador também único, o painel e o volante que articulado por uma junta universal, deslocava-se para fora junto da porta. Pequenos faróis redondos a ladeavam, enquanto as janelas laterais corriam e o teto de tecido podia ser recolhido para ventilar o compacto interior. O motor era lateral-traseiro,com saídas de ar redondas na lateral e as rodas mediam apenas 10 pol. de aro. 

A estratégia de publicidade adotada pelo fabricante visava expor o modelo a diferentes públicos: de segundo carro para a família ao estudante universitário. Algumas peças publicitárias foram criadas visando o público feminino, como por exemplo o anúncio que exibia uma mulher saindo de uma gaiola para entrar em um Romi-Isetta, com os dizeres "agora sou livre". 

Em 1959 morria Américo Emílio Romi, seu grande defensor dentro da empresa, e dois anos depois o Isetta era descontinuado.
Ao todo, no período de 1956 até 1961, foram fabricadas cerca de três mil unidades no Brasil.