quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013



EDIFÍCIO MATARAZZO. 1950

No ano de 1881,desembarcava no Brasil vindo da Itália, Francesco Matarazzo. Sozinho e com pouco dinheiro no bolso, Francesco decide procurar seu amigo Fernando Gradino que vivia em Sorocaba, interior de São Paulo, para lhe dar uma ajuda.
Modestamente começou a revender linguiça nas ruas da cidade, que também abrigou o menino Antônio Pereira Ignácio que foi um dos fundadores do Grupo Votorantim.
Francesco trabalhou muito e com poucos meses abriu uma mercearia que vendia de tudo, e se a clientela pedia alguma coisa ele anotava e tratava de arrumar um jeito de ter a mercadoria.
Homem visionário e inquieto e vendo o sucesso que fazia a venda da banha de porco, decidiu fabricar o produto através de um método muito simples; um caldeirão no fundo do quintal para derreter a banha, e dizia aos seus amigos que “O segredo está na compra e não na venda”.
Barateou a produção quando decidiu comprar quase todos os porcos da região, mais tarde passou também a enlatar o produto o que permitiu que as vendas crescessem mais ainda.

Em 1890 decidi expandir mais ainda seus negócios e partiu para a Capital de São Paulo.
Francesco já tinha trazido da Itália seus irmãos e sua esposa.
Quando a farinha de trigo faltou no Brasil, ele conseguiu um empréstimo para construir um moinho de trigo em São Paulo, o Moinho Matarazzo.
O logotipo das - Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo, foi criado em 1911, e trazia o lema “Fé-Honra-Trabalho” escrito em latim.
Em 1920 inaugurava o complexo industrial da Agua Branca em São Paulo, onde instalou em uma área de 100 mil metros quadrados, empresas como serraria, refinaria, destilaria, frigorífico, fábrica de carroças, de sabões, perfumes, adubos e inseticidas, velas, pregos, vilas operárias, armazéns, banco, distribuidora pioneira de filmes, fábrica de licores, empresas que funcionavam com a energia de uma usina própria...
O empresário tinha ainda uma esquadra particular de navios, um terminal exclusivo no porto de Santos e duas locomotivas para transportar mercadorias no pátio da sede do complexo industrial, em São Paulo.
Pouco antes de morrer, em 1934, ele resumiu os segredos de seu sucesso: “ Alguma inteligência, certa capacidade gerencial, muito trabalho e sorte ”.
O Conde Matarazzo, conforme a revista Forbes, chegou a ser a quinta maior fortuna do mundo e o italiano mais rico fora da Itália. 

Matarazzo mesmo aos 82 anos e enxergando mal e apoiando-se em uma bengala, ainda visitava as fábricas,e após uma dessas visitas sentiu-se mal e depois de ficar dois dias de cama, faleceu em 10 de Fevereiro de 1937.
Após o falecimento de Francesco Matarazzo assumiu o Grupo Matarazzo o seu filho Francisco Matarazzo Junior ou Conde Chiquinho como era conhecido, ele era o penúltimo dos seus treze filhos.