segunda-feira, 11 de março de 2013



TRÓLEBUS CMTC - LOJAS ARAPUà

A CMTC teve papel importante na história do trólebus no Brasil. De 1949, quando foi inaugurada a primeira linha de ônibus elétrico,até 1957 a empresa importou os veículos dos Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha. 
Em 1963 a própria companhia montou as carrocerias para trólebus em suas
oficinas, com componentes da empresa carioca Metropolitana montadora
de ônibus, da qual a CMTC adquiriu grande quantidade de veículos.
Foram fabricados 144 trólebus, utilizando componentes de seus primeiros
veículos,de antigos ônibus desativados e até mesmo sobre chassis inteiramente novos. Este feito com certeza deu um grande fôlego para o sistema.  

Em 1977 a CMTC começou a desenvolver o projeto SISTTRAN, um amplo estudo para a revitalização de seu sistema de trólebus, e preparou as especificações técnicas dos veículos de moderna concepção que a indústria nacional passaria a fabricar. O Plano SISTRAN vem justamente num período em que a estagnação dava as cartas ao sistema trólebus.
Tratava-se de um audacioso projeto que foi proposto pela administração do ex-prefeito Olavo Setúbal, que promoveria uma total modernização do sistema e na tecnologia dos ônibus elétricos. Olavo Setúbal era engenheiro e um grande incentivador do trólebus como forma de reduzir a poluição, que já na época apresentava níveis preocupantes.
Foi através do Sistran que uma nova geração de veículo seria apresentada a
população. Eram previstos 1.280 trólebus e 280 km de rede aérea que se juntariam aos 115 km existentes, com os veículos rodando em corredores exclusivos, reforçando a ideia de se ter o ônibus elétrico em vias segregadas destacando suas vantagens. Entretanto após sequências de descontinuidades do projeto, a CMTC se arrastou até os anos 90, quando em abril de 1994 foi feita a privatização, incluindo do sistema de trólebus.
O prefeito da época Paulo Maluf alegava que a companhia operava de forma precária. A frota e as linhas foram divididas em três grupos, de acordo com a área de atuação de cada garagem existente.   

Jorge Simeira Jacob, fundador do grupo Fenícia ( fábrica de chocolates Neugebauer ,Etti, construtora Lotus ... ) e das Lojas Arapuã,há 50 anos, quando tinha apenas 17 anos de idade, Simeira Jacob recebeu a visita de um advogado para comunicar-lhe um pedido de falência contra a empresa que herdara do pai: a loja de tecidos Nossa Senhora Apparecida, na cidade de Lins, no interior de São Paulo. Passou a noite em claro, mas levantou da cama no dia seguinte com a solução. Estava decidido a procurar o juiz e oferecer o pagamento de 50% de suas dívidas. Com aval dos credores, o juiz desbloqueou a conta bancária do menor. Equacionado o problema, Simeira Jacob deu início à expansão.
Em 1957 inaugurou a segunda loja em Lins, seguida de outra fora da cidade. Foi quando percebeu a necessidade de mudar a razão social da empresa e também o ramo de atividade. Nascia ali a Arapuã, que chegou a registrar vendas brutas superiores a R$ 2 bilhões.  

A Arapuã foi uma das maiores redes de eletroeletrônicos do país até 1998, quando entrou em concordata. Até 2008,as 14 lojas que ainda restavam da Arapuã passaram a vender vestuário popular, com o nome fantasia Sete Belo, porque a empresa não conseguia crédito com os fornecedores de eletrodomésticos.
Desde que a empresa pediu concordata, o empresário Leo Kryss, dono da Evadin, vem empreendendo uma batalha nos tribunais contra a família Simeira Jacob, pedindo a falência da Arapuã.
Ex-fabricante dos televisores com a marca Mitsubishi no Brasil, a Evadin era uma das maiores fornecedoras da Arapuã.
A falência foi decretada em 2002, mas a rede varejista conseguiu reverter a decisão no ano seguinte, quando o Tribunal de Justiça aprovou o plano de salvamento da empresa. Segundo o advogado da Evadin, a fabricante de televisores é a maior credora da Arapuã e tem a receber mais de R$ 230 milhões.